Para onde vai a canção que começou pelo encanto de teu olhar?
Para onde vai os passos de dança que me faz chorar?
Para onde o tempo levou o tempo em que passamos juntos?
Suas mãos ousaram levar minha vida.
Onde posso derramar a areia que enchi com minhas mãos quando fomos a uma praia longínqua?
Onde posso parar após caminhar quilômetros e quilômetros seguindo teus passos?
Onde foi que deixei minha primeira lágrima cair?
Onde foi que minha alma sofreu sua ausência pela última vez?
Como pode uma nova aurora nascer, se ainda nem me refiz do sonho da última luz que se apagara ao longe?
Como pode um novo sol surgir no horizonte se os últimos resquícios do dia ainda nem se apagaram ao horizonte?
Como pode um vale de lágrimas de tristezas se abrir sob meus pés, se ainda choro por ontem da dor da revolta?
Como pode o véu da morte transparente e leve como uma folha cobrir meus olhos se mal os abri para a vida que me espera?
Será que existe algo além de nossos olhos, mesmo que eles não consigam ver?
Será que minhas mãos podem alcançar algo, embora,meus pés não possam seguir em frente?
Será que há algo além da porta do infinito?
Há um espaço em branco que não ouso pronunciar.