Olá, meu amigo!?
Aqui estou eu em frente ao espelho de novo.De novo me cumprimentando.De novo falando com o meu reflexo já que não há mais ninguém para me ouvir.
Mostre-me agora.
Que irônico!
Posso me orgulhar ao dizer que sempre senti a mentira no olhar daqueles que me rodiavam, mas falhei com você.Meu coração falhou.
Em minha memória a sua mentira foi perfeita.
Tão perfeita quanto a teia de uma aranha e a mosca tonta, eu, só percebi quando não dava mais para escapar.
Eu me lembro de você e suas doces palavras.
Eu me lembro de seus carinhos, falsos, mas acolhedores em seus braços.
E para minha ruína, eu me lembro, eu quis você, eu fui descuidada.Apaixonada.
Fui humana.
E dentro de seu olhar eu vi o meu sacrifício.
Um sacrifício que com o tempo eu percebi que foi em vão.
Eu fui derrubada pelos meus sentimentos.
Eu fui derrubada pelo meu ato de sacrifício.
Então fechei meus olhos novamente.
Eu rezo para que as armas que você usou não destruam outros reflexos de uma alma assim como fez com a minha.
Então, eu recomeço.
Olá, meu amigo!?