PERDIDA EM MIM

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PERDIDA EM MIM

Perdida em meu sonho.

A floresta dentro de mim se avoluma.

Movem-se monstros estranhos pelas sombras dentro de mim.

Forço meus olhos, mas as visões continuam...

 

O luar ilumina meu caminho.

O silêncio e o medo são meus companheiros nesta viagem.

A tempestade dentro de mim está acordada.

 

Eu me sinto vigiada como uma prisioneira e perseguida como uma fugitiva.

De todos os lado um rio me acompanha com barcos navegados por esqueletos, e ao piscar meus olhos, o mar azul se transforma num rio de sangue.

Me vejo cercada pelo mal que me assola.

Me devora.

Me consome.

 

Sem opções, me embrenho no matagal de espinhos a minha frente, tentando fugir do que não vejo, apenas sinto.

 

Corra! Corra! Corra!

 

Minha garganta é um deserto seco povoado por poços de lágrimas ardentes.

Exausta, caio ao chão e choro...

 

Essa maldita solidão me fez tombar em sua cama  e num vale de sombras e pó me vi cair.

As horas, os dias e os meses se desfizeram, e quando, por fim abri meus olhos me vi na encosta de um rio novamente. E para ter certeza de que o rio era real e eu também, repousei minhas mãos na água e fui tragada para dentro dos espelhos de minhas vidas passadas.

Tentei nadar para a superfície de mim mesma, mas quanto mais eu nadava, mais para o fundo eu ia.

A correnteza de minha emoções frágeis se estilhaçaram e junto com os cacos dos espelhos, eu afundei.

Perdida em mim, fiquei.