O portão da imortalidade se abriu para mim como um espelho além de minha alma, diante de meus olhos injetados de sangue.
O portão da imortalidade se abriu como se não houvesse outras portas, diante de meus lábios trêmulos num ânsia desconhecida.
O portão da imortalidade se abriu aos poucos destinos que me eram revelados, diante do meu corpo em chamas.
Mas agora o portão da imortalidade está se fechando,eu estou paralisada em vidas e mortes que acarretei, diante de tudo o que foi pele, sangue e ossos.
O desconhecido me fez esvair-me de tudo o que desejei, e pensei ser o bastante para ser imortal.
Daqui em diante, o portão da imortalidade permanecera fechado, pelas escolhas de sangue, morte e ódio até o dia em que o desconhecido que habita em mim ousar bater naquela porta.