Tenho tantas perguntas pra te fazer, mas confesso, tenho medo de suas respostas.
-Como vai você?
Será que você responderia ao meu simples-olá?
Tenho receio de seus gestos, medo de sucumbir e no ato te abraçar.De confessar.
Sinto sua falta.
-Pra onde você foi?Será que um dia nos encontraremos de novo?
Quis tanto lhe escrever uma carta, mas minha lixeira já está transbordando de papéis amassados com 'olá' e 'pontos finais'.
Sei que tenho uma vida para estar ao seu lado, mas o tempo me parece tão pequeno.
-Será que você ainda sente algo por mim?
Neste momento trago em mãos aquela rosa e um bilhete com um olá que me deste anos atrás, mas parece que fora ontem.
-Olá?
O bilhete já está amassado e a rosa murcha e gasta de tanto aperta-la contra mim.
Lembranças continuam a me levar ao passado.
Sorrio entre fotos e palavras ao ar.
Olá.
É essa saudade que me sufoca, mas permaneço ao olá.
Dia após dia.
Por nós.