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O que devo fazer agora que seu veneno de amor já corre em minhas veias?
Esse amor de sangue doentio misturado ao ódio acumulado dentro de nós?
Um tipo de amor que me faz delirar de prazer e raiva ao mesmo tempo que me consome.
O que devo fazer agora que as sensações estão terminando? Nem mesmo está carne fervorosa que me proponho a tocar é capaz de matar essa fome que me faz meu estômago apertar contra mim.
O que devo fazer se eu me acostumei a ser escrava de seus desejos mais profanos?
Me fez sentir-me intensa, mesmo sabendo que meu corpo estava predestinado a ser eterno covil de seu ser.
O que devo fazer se ninguém mais se importa se somos dois monstros se amando ou apenas dois corpos se fundindo num quarto esquecido?
O que devo fazer se nossos corações pararam de bater e não respiramos mais o ar do mundo?
Um minuto por alguém que não te quer do mesmo jeito que eu.
Um amor tolo que só deixava meu coração em estado alucinógeno de uma paixão letal e má.
Portas quebradas de um alma dilacerada para esconder muitos segredos assombrosos tal como uma pessoa ferida tenta aprender maneiras de se curar.
O que posso fazer agora que a paixão já me tornou viciada de suas alucinações perigosas e excitantes?
Talvez só o meu pensamento cego e louco de que voar sem asas me faça cair nesse abismo eterno da minha loucura submissa de sua presença a meu lado, onde quer que eu vá, que aos poucos possa me matar.
O que posso fazer se esse amor já me envenenou?